martes, 15 de junio de 2010

Memória SOcial I. Roteiro de Leitura da obra “Memória Coletiva”, Maurice Halbwachs.

por Fábio Vilani Simini Francisco dos Santos Costa Yazid Jorge Guimarães Costa

APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO AUTOR E OBRA

Maurice Halbwachs foi um sociólogo francês nascido em Reims em 1877 e que veio a falecer em 1945 no campo de concentração de Buchenwald. Ao longo de sua vida teve contato com diversos autores, tais como Durkheim, Bergson, Marx e Weber, o que, de certa forma, explica a variedade de seus interesses em pesquisa.
Sua irmã, J. -Michel Alexandre nos desenha na introdução da obra “Memória Coletiva”, publicada postumamente, o retrato de uma figura dedicada aos estudos acadêmicos, sem nunca perder de vista as implicações sociais de seu trabalho, como fica claro com a citação do trabalho, desenvolvido por este ainda no início de sua carreira no sentido de analisar a especulação imobiliária em Paris, sob o título inicial “As expropriações e o preço dos terrenos em Paris de 1860 a 1900”, publicado em 1909.
Impressões sobre a personalidade do autor também nos são dadas por Alexandre, apresentando que este era uma “criança tranqüila e compenetrada, que lia Júlio Verne com um atlas na mão”, e que a partir do contato com Bergson e com a Filosofia, no Liceu Henri IV, passou a ter uma “discreta aparência de cortesia e silêncio", o que é visto por sua irmã com a figura do “filósofo”.
Porém, apesar de vermos este retrato como possível, e, bastante coerente, acreditamos ser necessário apresentar o que nos diz Gerard Namer, tendo em vista que a leitura deste é pautada por uma criticidade e uma ênfase não nos aspectos psicológicos de Halbwachs, e sim de sua atuação enquanto intelectual, não apenas na academia, mas, principalmente na sociedade.
Ao estudar a obra de Maurice Halbwachs, Gerard Namer dividiu a “vida” deste em quatro momentos distintos, mas que se completam para formar uma visão deste autor.
O primeiro momento é colocado de 1894 a 1901, quando Halbwachs está sob a influência de Bergson, isto se dando inicialmente no Instituto (Liceu) Henri IV, e, em seguida, no Collège de France, bem como na École Nationale Supérieure.
A partir de 1901 até 1905, Namer coloca que Halbwachs esteve dedicado a investigações sobre Leibniz, o que seria uma tentativa de compreensão do pensamento bergsoniano a partir da leitura deste autor que foi uma das fontes de inspiração para Bergson, mas que tem reflexo em sua obra “os quadros sociais da memória” com a utilização do texto “Monadologia” para refutar a tese de Bergson que vê a realidade como “dual” (Matéria e Memória), mas que esta, a realidade, seria como a mônada de Leibniz “equação racional e vida de uma vez, pensamento racional e memória e duração ao mesmo tempo.”
Em 1909 começa o terceiro período da vida de Halbwachs, tal como proposto por Namer, e que vai até 1925 com a publicação de “os quadros sociais da memória”, e o de maior importância para a compreensão da obra – enquanto um conjunto – deste autor. É desse momento que surge seu compromisso político com o socialismo, o que foi possível graças ao seu encontro com as teorias socialistas a partir das leituras de Marx e Durkheim, por exemplo.
É neste período também que Halbwachs vira correspondente do periódico “L’Humanité”, de Jaurés, que tem como responsáveis por seções regulares Lucien Herr e Marcel Mauss.
Namer nos aponta, porém, que Halbwachs tem sua atuação no “grupo durkheimiano” vista enquanto marginal devido a sua “paixão economista”, sendo que há certo “inconformismo” da parte de Halbwachs para com o grupo, o que é datado por Namer a partir de 1905, tendo em vista que sendo socialista, quer fazer compatível seu ideal com a sociologia, o que o levará a recorrer ao conceito de classe social, mas, sobretudo, o que o conduzirá provavelmente a lançar-se ao estudo da economia política de seu tempo.
Namer concorda com esta afirmação, mas a considera incompleta tendo em vista que para este, Halbwachs tem por característica uma coragem política e intelectual, que o permite ter uma noção de avaliação das idéias sem princípio de autoridade, o que fica claro com a publicação em 1918, na Revue Philosophique, do artigo “A doutrina de Durkheim”, mas que perpassa todas suas análises críticas sobre Durkheim, onde se propõe a “avaliar” as idéias deste autor pelo proveito que pode tirar delas. Mas Namer aponta que Halbwachs também teve esta postura em relação à tradição econômica marxista do socialismo.
Namer aponta ser de fundamental importância atentar para a compreensão da influência de Simiand nas obras de Halbwachs anteriores a 1914, posto que seja a partir do contato com este que Halbwachs vai entrar no grupo de Durkheim.
É ressaltado também por este autor que ao publicar “Os quadros sociais da memória” não se deve imaginar um começo de novas investigações e de uma nova carreira, mas o ponto de chegada de uma vida que conduz ao duplo marco histórico da guerra de 1914-18 e das transformações imediatas do pós-guerra. Fica claro para este, que se utiliza da interpretação de Michel Verret sobre Halbwachs, que o que caracteriza a obra deste autor antes de “os quadros sociais da memória” é a “disponibilidade teórica”, ou, a amplitude do campo coberto que vai desde a filosofia leibniziana, cálculo de probabilidades, história da teoria do estado e economia política.
O autor nos conta, como já apresentado anteriormente acerca de Durkheim e as teorias marxistas, que esta rejeição a um princípio de autoridade é uma marca sua no trato de diversos autores, mesmo Bergson ou Freud, além de Weber.
Ao fim desta análise do contexto no qual está inserido, e se inseriu, Halbwachs, Gerard Namer nos põe que a questão central ao analisar a obra de Halbwachs, após o que já foi dito, é se há uma ruptura ou uma continuidade entre “os quadros sociais da memória” e “a memória coletiva”, colocando três conjuntos de questões sociais que a memória suscita: uma que havia sido “escassamente utilizada nos ‘quadros sociais’ e que se converterá em essencial na ‘memória coletiva’, é uma memória que se poderia chamar uma corrente de memória social ou coletiva, que antecipa a conclusão final de Halbwachs, na qual vincula pensamento e memória”; o segundo diz respeito à idéia da influência do que nos colocam as pessoas de carne e osso ao nosso redor; o terceiro conjunto remete à idéia do “eu”, indivíduo, como uma realidade social.
Em seguida Namer reflete sobre a imprecisão no uso dos termos memória coletiva e social por Halbwachs, onde Namer diferencia a memória social a partir do termo “corrente de memória” cuja tradição não tem por suporte um grupo, sim um periódico (publicação) neste caso, e que “a memória coletiva propriamente dita é, em sentido estrito, a memória de um grupo ou de uma sociedade, e, em sentido amplo, a memória da sociedade nacional que implica todas as sociedades particulares.
A partir de 1926 começa o derradeiro período na vida de Maurice Halbwachs e que será crucial para o desenvolvimento da obra “a memória coletiva”. Namer põe que a obra foi possível, além do que já foi dito anteriormente, devido à reflexão de Halbwachs acerca do contexto, no qual estava vivendo, marcado pela ascensão do nazismo na Alemanha, a mudança de posição da esquerda francesa da qual fez parte desde antes da guerra de 1914-18 e a qual ajudou a manter a posição dos socialistas no governo para sustentar a referida guerra, e que é vista – a mudança de posição – enquanto covarde por aderir ao pacifismo.
Namer nos apresenta também, a idéia de que tal obra, “a memória coletiva”, é imbuída de um aspecto político no sentido em que se filia a um racionalismo, o que estaria relacionado a uma luta antifascista, sendo este caráter mais claro, ainda que escrito de maneira supostamente criptografada, no artigo “A memória coletiva entre os músicos”, a partir da crítica colocada da utilização da obra de Wagner pelos nazistas para aumentar o ânimo das tropas.

A MEMÓRIA COLETIVA ENTRE OS MÚSICOS

Diferente do que nos aponta Gerard Namer, não acreditamos na ênfase da propaganda antifascista que este coloca como sendo um ponto chave na compreensão do artigo “A Memória Coletiva Entre os Músicos”, que, segundo nos conta não apenas Namer, mas, também sua irmã J. -Michel Alexandre, deveria ser a introdução da obra “A memória coletiva”, mas, por decisão de Jean Duvignaud, ela aparece em algumas edições enquanto anexo, sendo a “vontade do autor” apenas realizada na publicação da edição crítica de Gerard Namer.
Acreditamos ser este, sim, um texto introdutório para o que será lido nos capítulos “memória individual e memória coletiva”, “Memória coletiva e memória histórica”, “a memória coletiva e o tempo” e “a memória coletiva e o espaço”.
Ao utilizar-se do exemplo do grupo dos músicos, acreditamos que Halbwachs só faz mudar o exemplo que é recorrente em sua obra, ao tratar da construção da memória, que é o grupo familiar.
É recorrente o uso deste grupo no sentido de exemplificar as teorias, e, talvez por isso a mudança para um grupo diferente tenha causado estranheza, não apenas em Duvignaud, bem como até mesmo em Namer.
Halbwachs neste artigo, tenta problematizar a lembrança do som, seja ele musical ou natural, e chega à conclusão, ainda que isto não fique explicito, de que para lembrarmos, usamos sempre um código de representações. Quando escutamos o som de um martelo, não lembramos o som do martelo, lembramos da imagem do martelo em uso. Quando escutamos uma porta ranger, lembramos dela sendo aberta ou fechada. Isto se dá também com outros sons, mas, como nos diz Halbwachs, isto acontece em graus de complexidade diferentes para diferentes grupos.
Ao nos mostrar que existem formas diferentes de lembrar uma música, que pode ser do cantarolar, ler uma partitura, ler e decodificar (executar) a partitura, ou até ter vários trechos de músicas “no” cérebro em que possamos lembrar-nos delas sem a necessidade de tornar esta lembrança externa, elas não são colocadas por Halbwachs como modos “bons” ou “ruins” de se lembrar, são modos diferentes, inerentes a cada grupo, tendo em vista que cada grupo desenvolve formas diferentes de fazer esta memória ser compreendida, logo construída, e dessa forma, compartilhada coletivamente.
O caso dos músicos deixa claro para os leitores de que Halbwachs não acredita em uma “memória total”, nós sempre podemos lembrar, mas não de tudo. No máximo, podemos ampliar este limite ao externar estas memórias, ou seja, criando uma forma de representá-las no exterior, a partir de um código compartilhado pelo grupo. Isto acontece no caso dos músicos “eruditos” a partir do desenvolvimento das partituras, que são conjuntos de símbolos que representam a escala, altura, intervalo dos sons. Mas, estes não são os sons.
Halbwachs, ao usar o exemplo de um virtuose, deixa clara a impossibilidade de tudo lembrar, principalmente por que o ao isolarmos este músico, privando-o de “todos esses meios de tradução e memorização dos sons que a escrita musical representa: para ele será muito difícil, quase impossível, fixar na memória número tão grande de lembranças”.
Este fato exemplifica, também, que, como já dito, a construção da memória se dá coletivamente. É o coletivo que determina o que deve ser lembrado, e atua no sentido de permitir esta lembrança, no caso dos músicos, é o desenvolvimento da partitura, mas podemos citar, por exemplo, representações pictóricas, livros e uma infinidade de suportes desenvolvidos para reter memória por diversos grupos.

A MEMÓRIA COLETIVA

Em sua obra “A Memória Coletiva”, Halbwachs se utiliza, didaticamente, de muitos exemplos para ilustrar suas idéias. Ao longo deste capítulo, percebemos que seu fio condutor está na interação existente no processo de recordar entre indivíduo e coletividade.
O indivíduo, inserido no grupo e com ele se relacionando, participa do processo de construção de uma memória coletiva. Para o autor, o indivíduo migra constantemente de grupos, experimentando suas influências, idéias e maneiras de pensar. Por compartilhá-las, nunca estaria sozinho, permanecendo atrelado a essas pessoas e ao grupo em que pertencem. Assim, a memória individual existe sempre a partir de uma memória coletiva, ou seja, seria apenas uma “intuição sensível” do indivíduo que capta, através da consciência, as diferentes correntes sociais e as interioriza.
Uma viagem a Londres é usada como exemplo para descrever esse processo. Mesmo não conhecendo a cidade, um turista que possuí referências previamente obtidas do local não seria capaz de guardar lembranças totalmente individuais ao passear pelas ruas londrinas. Suas lembranças são influenciadas por aqueles que “já tiveram essas lembranças em comum” .
Halbwachs afirma ainda que quando um grupo reúne suas lembranças, é possível descrever com certa exatidão fatos e objetos que presenciaram. Os indivíduos reconstituem toda uma seqüência de atos e palavras ditas dentro de determinadas circunstâncias e muitas vezes, evocam fatos que uma pessoa, individualmente, não se recordaria. As lembranças se complementam.
Muitas vezes, as imagens remontadas pelo grupo são menos exatas do que as imagens individuais. Pode ser que essas imagens não reproduzam o passado da maneira mais correta e que a lembrança que estava primeiramente na memória seja sua expressão exata: “a algumas lembranças reais se junta uma compacta massa de lembranças fictícias”. O oposto também pode ocorrer: os depoimentos dos outros podem corrigir e reorientar a lembrança do indivíduo.
“Em um e outro caso, quando as imagens se fundem muito estreitamente com as lembranças e parecem tomar sua substância emprestada a estas, é porque a nossa memória não estava como uma tabula rasa, e nós nos sentíamos capazes de nelas distinguir, por nossas próprias forças, como num espelho turvo, alguns traços e alguns contornos (talvez ilusórios) que a imagem do passado nos trazia.”

No entanto, vale ressaltar que essas memórias coletivas não se encontram livres do “temível” esquecimento, sua duração está limitada a existência do grupo. Quando não subsistem mais testemunhos, por exemplo, ou quando um indivíduo perde contato com os que então os rodeava, “todo o conjunto de lembrança que temos em comum com eles desaparece bruscamente.”
Halbwachs também demonstra que o indivíduo exerce pouca influência no processo de rememorar. Para o autor, as lembranças são exteriores ao indivíduo, logo, a medida que nos deparamos com uma complexidade de dados sociais, torna-se impossível recordar. Uma questão é então levantada para ilustrar: “Como podemos recordar certo acontecimento que ocorreu naquele ponto único em que se cruzam dois grupos dos quais participamos simultaneamente uma vez apenas e entre os quais não houve mais nenhum contato?”
Segundo a concepção halbwachiana, a evocação da memória individual seria uma forma do indivíduo tomar consciência da representação coletiva, uma vez que as lembranças são constituídas no interior de um grupo. A partir desta vivência social, as lembranças são reconstruídas e até simuladas. Essas representações dos passados se baseiam na percepção de outras pessoas, seja na imaginação do que pode ter ocorrido ou através da internalização de representações de uma memória histórica.

REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE MEMÓRIA COLETIVA

Para Pollack, “a memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual, como coletiva” . Portanto, a memória, compreendida enquanto objeto organizável passa constantemente por processos de enquadramento e ressignificação, que visa atender as exigências de credibilidade dos sujeitos pertencentes a uma coletividade.
Além disso, por se basear em referências comuns, geralmente fornecidas pela história – “A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro.” , – consolida a identidade da maioria frente à memória nacional, minimizando o conflito eminente com as projeções elaboradas por setores socialmente marginalizados que não se identificam com a interpretação oficial.
Durante esse processo de enquadramento, a memória se solidifica em suportes materiais que permite “a um ser vivo remontar no tempo, relacionar-se, sempre no presente, com o passado: conforme os casos, exclusivamente com o seu passado, com o da espécie, com o dos outros indivíduos.” . Essas recordações materializadas põem novamente em circulação a relação passado-presente e, através de sentimentos de filiação e origem, integram indivíduos e referências de períodos anteriores num fundo cultural comum.
Partindo da premissa que “toda organização política (...) veicula seu próprio passado e a imagem que ela forjou para si mesma.” compreendemos melhor a mescla entre memória e identidade, o estabelecimento do sentimento de coerência, continuidade e pertencimento no indivíduo e no grupo em que este se insere. Destarte, podemos observar, por exemplo, a importância dos grandes homens que contribuíram para a unidade nacional na historiografia oitocentista .
O historiador Eric Hobsbawm, em seu livro A invenção da tradição, atenta para a criação de instrumentos, por parte dos grupos sociais, capazes de assegurar e expressar a identidade, coesão social e estruturar as relações dos elementos pertencentes ao coletivo, nas palavras do autor, “toda tradição inventada, na medida do possível, utiliza a história como legitimadora das ações e como cimento social da coesão grupal.” .
A invenção das tradições políticas se deu de forma consciente e deliberada e teve seu êxito graças a sua fácil transmissão e a imediata assimilação por parte do público. Monumentos, edificações, datas festivas e outros elementos produzidos pelo aparato burocrático estatal, como selos e moedas, são empregados com o objetivo de alcançar uma “repercussão popular”, principalmente se articulados com jubileus cívicos que estampam as edições comemorativas.
Os sentimentos e pensamentos individuais estão inseridos em contextos e circunstâncias sociais definidos. Um grande número de lembranças reaparece porque o meio e as interações inter-individuais remetem à recordação. Segundo Halbwachs “quando um grupo está inserido numa parte do espaço, ele a transforma à sua imagem, ao mesmo tempo em que se sujeita e se adapta às coisas materiais que a ele resistem”.
Entretanto, não existe uma única memória social que seria dividida por todo grupo. Cada membro insere elementos próprios e suas perspectivas nas presenças do passado na construção de sua memória. A memória coletiva é então compartilhada, mesclando no seu conteúdo uma dialética pessoal-coletivo
”Se o caráter coletivo de toda memória individual nos parece evidente, o mesmo não se pode dizer da idéia de que existe uma “memória coletiva”, isto é, uma presença e, portanto uma representação do passado que sejam compartilhadas nos mesmos termos por toda uma coletividade.”

A referência à memória enquanto fenômeno social deve ser entendido com base na sua característica de conservar vestígios de períodos passados, fixando uma relação direta entre indíviduo-presente e fatos-passado.
Memória e identidade traçam socialmente uma conexão intima. A possibilidade de transmissão de conteúdos, por meio de criações exteriores, que não podem ser obtidas pela hereditariedade, assevera aos vestígios uma existência autônoma e define a coletividade e transgeracionalidade da memória. Em sua recordação, a relação inter-temporal é imediata.

GLOSSÁRIO
Intuição Sensível – “Haveria então, na base de toda lembrança, o chamado a um estado de consciência puramente individual que – para distingui-lo das percepções onde entram elementos do pensamento social – admitiremos que se chame intuição sensível” (HALBWACHS, 2006, 42)

Memória Histórica – Representação esquemática do passado, onde acontecimentos marcantes na história de um país auxiliam na construção da memória coletiva e pessoal.

REFERÊNCIAS
DANTAS, Camila Guimarães “Na costa visível da Memória e da História: algumas questões a partir de Halbwachs”, mimeo.
FERRO, Marc. O filme: uma contra-análise da sociedade? In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (Orgs.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

HALBWACHS, Maurice A Memória Coletiva, Edições Vértice, Editora Revista dos Tribunais Ltda., SP, 1990.
HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence. A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
LE GOFF, Jaques. História e Memória. Campinas. São Paulo: Editora da Unicamp, 1990. p. 477

NAMER, Gérard “Antifascismo y “la memoria de los musicos” de Halbwachs (1938), in: Bustillo, Josefina Cuesta (ed) Memoria y Historia. Madrid: Marcial Pons, 1998.
POLLAK, M. Memória e identidade social. In: Revista Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n.10, 1992.
POLLAK, M. Memória, esquecimento, silêncio. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.2, n.3, 1989.
POMIAN, K. Memória. In: GIL, Fernando. (coord.) Enciclopédia Einaudi, v.42. Lisboa: Imprensa Nacional. Casa da Moeda, 2000.
ROUSSO, Henri. A memória não é mais o que era. In: AMADO, J; FERREIRA, Marieta de Moraes (orgs.). Usos e abusos da História Oral Rio de Janeiro. Ed. FGV, 1996

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